CAMPANHA NACIONAL DE HANSENÍASE, VERMINOSES, TRACOMA E ESQUISTOSSOMOSE SERÁ DESENVOLVIDA EM SÃO JOSÉ DO HERVAL

08.08.2016 13:12 Por imprensa

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No dia 30 de Junho do ano corrente, o Ministério da Saúde (MS) liberou recursos para serem investidos em 2016 na Campanha Nacional de Hanseníase, Verminoses, Tracoma e Esquistossomose. A campanha tem o objetivo de identificar casos de hanseníase, por meio de busca ativa em escolares com sinais e sintomas da doença, tratamento quimioprofilático de verminoses, diagnóstico e tratamento do tracoma. Os recursos para a Campanha serão repassados, em parcela única, do Fundo Nacional de Saúde (FNS) aos Fundos do Distrito Federal e dos municípios selecionados, desde que estejam com os Sistemas Informação sobre Mortalidade (SIM) e de Agravos de Notificação (SINAN) devidamente alimentados. Conforme cronograma da campanha está previsto para acontecer no período de outubro a dezembro nas escola da rede pública de ensino, tanto estaduais quanto municipais. São José do Herval ficou entre os dez municípios gaúchos que foram beneficiados na Campanha Nacional de Hanseníase, Verminoses, Tracoma e Esquistossomose. De acordo com a Secretária da saúde Solange Ribeiro, o fato de São José do Herval ter sido selecionado para compor o quadro de municípios beneficiados mostra a importância da manutenção de ações de prevenção que resultam em melhores condições de vida para a população, além de ser um resultado direto da atenção às prerrogativas do Ministério da Saúde. “Os recursos a serem liberados contribuirão para que a qualidade dos serviços oferecidos pelo setor de saúde de nosso município sejam mantidos e ampliados progressivamente”, destaca a Secretária.

o que é a Campanha Nacional de Hanseníase, Verminoses, Tracoma e Esquistossomos?

A Campanha Nacional de Hanseníase, Verminoses, Tracoma e Esquistossomose é uma importante ação estratégica de vigilância, proposta pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde – SVS/MS, realizada por meio de uma abordagem integrada. Objetiva reduzir a carga parasitária de geo-helmintos, identificar casos suspeitos de hanseníase e encaminhar os casos e seus contatos positivos para tratamento, identificar e tratar casos de tracoma, e de esquistossomose na população de escolares, na faixa etária de 5 a 14 anos, da rede pública de ensino dos municípios prioritários. Para tanto, foram selecionados os municípios com alta carga de doença (indicadores epidemiológicos), com populações em situação de pobreza, baixo Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) e com base nos dados de saneamento e condições de vida (destino do esgoto, disponibilidade de água tratada, destino do lixo). A realização da campanha integrada no ambiente escolar tem se mostrado uma estratégia efetiva para atingir os objetivos propostos. Isso foi evidenciado, com base nos resultados obtidos nas três primeiras campanhas, com a ampliação do número de municípios participantes e das coberturas de tratamento. As atividades da campanha abrangem ainda, orientações aos professores e escolares sobre as doenças a serem trabalhadas na ação e mobilização da comunidade. Para tanto, será utilizado material didático confeccionado pelo Ministério da Saúde. Para detectar os casos de hanseníase é utilizado um formulário denominado ficha de autoimagem, o qual os estudantes levam para casa pais ou responsáveis e o devolvem à escola. As fichas são triadas pelos profissionais de saúde e os casos com lesões suspeitas de hanseníase são encaminhados à unidade de saúde para confirmação diagnóstica e tratamento posterior tratamento dos casos conforme estratégia baseada no percentual de positividade encontrado. No ano de 2016, em muitos municípios participantes será realizada a quarta dose do tratamento quimioprofilático, com vistas à redução da carga de infecção por geohelmintos (Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiuria e Ancilostomídeos) por meio da administração de Albendazol 400 mg em dose única. Esse medicamento é eficaz, não tóxico, de baixo custo e já foi utilizado em milhões de indivíduos de diversos países e os efeitos colaterais verificados foram raros e sem gravidade. A realização do tratamento preventivo em escolares está em conformidade com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), que preconiza o uso de medicação de forma periódica como medida preventiva e efetiva para redução da carga parasitária e suas complicações. Nesta ação, todos profissionais de saúde do SUS, em especial os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e os profissionais da Estratégia de Saúde da Família (ESF), das unidades básicas de saúde (UBS) e da vigilância epidemiológica concentrarão esforços para a realização das atividades propostas. A estratégia no ambiente escolar, já utilizada e comprovada internacionalmente, reduz os custos do tratamento e potencializa os resultados da intervenção, porque 4 proporciona a oportunidade de atingir o maior número de escolares, em razão da agregação de crianças e adolescentes nesse ambiente.

Contribuiu: Gustavo Gheno

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