EMEF TOMÉ DE SOUZA APRESENTA TEXTOS SELECIONADOS PARA A ETAPA ESTADUAL DAS OLIMPÍADAS DE LÍNGUA PORTUGUESA
O cotidiano dos estudantes e seus familiares foi o tema central dos textos selecionados para representar a EMEF Tomé de Souza na etapa estadual das Olimpíadas de Língua Portuguesa.
A aluna Priscila Gomes Rodrigues, em seu texto “Minha História de Superação”, relata o cotidiano de uma mulher hervalense nascida no final da década de 1950, com suas dificuldades, conquistas e vivências, tendo o meio rural como cenário principal, desde a infância até a vida adulta, quando finalmente supera os limites impostos por uma realidade difícil e passa a definir-se como uma vencedora. A aluna Angelita de Amarante, por sua vez, elegeu como tema o cotidiano escolar de uma aluna preocupada com boas notas, que tem como grande pesadelo não ser aprovada e, consequentemente, sofrer rejeição dos familiares e amigos. Priscila e Angelita foram orientadas pela professora Fernanda Balestrerri Fiorini. A professora Aline Brock Zarbieri orientou a estudante Tauana Nunes da Silva, que teve selecionado o texto no gênero “Poesia”, no qual discorre sobre os inúmeros motivos que fazem com que São José do Herval seja o melhor lugar para viver. Os textos selecionados competirão com textos de outros educandos do estado. “Incentivamos nossos estudantes a participar da Olimpíada de Língua Portuguesa não com o intuito de competir, mas sim de aprimorar suas habilidades na escrita e expressão”, destaca a diretora Ivanir Vinhatti, na ocasião em que parabeniza as professoras coordenadoras e as autoras dos textos selecionados, os quais, segundo ela, “Nos deixam extremamente felizes, tanto pela qualidade da escrita quanto pelo conteúdo que expressam”.
CONFIRA NA ÍNTEGRA OS TEXTOS FINALISTAS:
MEU LUGAR É AQUI
ALUNA AUTORA: Tauana Nunes da Silva
PROFESSORA: Aline Brock Zarbieri
SÃO JOSÉ DO HERVAL
É MUITO TRILEGAL
INCRÍVEL E SENSACIONAL.
EU GOSTO DE MORAR AQUI
PORQUE COMPRO VÁRIAS COISAS
E ISSO É MUITO BACANA
MAS HÁ DIAS QUE EU
ESTOU SEM GRANA.
O LUGAR ONDE EU VIVO
É MUITO LEGAL E
POR ISSO QUE EU DIGO
QUE É SENSACIONAL.
EU GOSTO DE VIVER NESTE LUGAR
AQUI AS COISAS SÃO DIVERTIDAS
MAS QUANDO EU FAÇO COISAS DIFERENTES
ME DÁ FRIO NA BARRIGA.
ESTE CIDADE É SUPER FANTÁSTICA
CHEIA DE MAGIAS
E INCRÍVEL DE VIVER
EU ADORO MORAR AQUI.
O LUGAR ONDE EU VIVO
É MUITO LEGAL E
POR ISSO QUE EU DIGO
QUE É SENSACIONAL.
EU GOSTO DE VIVER NESTE LUGAR
AQUI AS COISAS SÃO DIVERTIDAS
MAS QUANDO EU FAÇO COISAS DIFERENTES
ME DÁ FRIO NA BARRIGA.
ESTE CIDADE É SUPER FANTÁSTICA
CHEIA DE MAGIAS
E INCRÍVEL DE VIVER
EU ADORO MORAR AQUI.
Minha História de Superação
Aluna: Priscila Gomes Rodrigues
Professora: Fernanda Balestrerri Fiorini
Nasci em São José do Herval no ano de 1958.Antigamente minha cidade era um distrito da cidade vizinha Fontoura Xavier, e era chamado de Burro Morto. Sempre morrei no mesmo lugar na comunidade de São Sebastião no interior da minha cidade. São José do Herval é uma cidade bem pequena, localizada no norte do Rio Grande do Sul e possui apenas 2204 habitantes.
Nossa cidade possui muitos agricultores e como eu sou uma desses agricultores e vou contar um pouco sobre minha juventude. Morava em uma casa simples, feita metade de madeira e outra metade de barro, tinha criações de animais como: gado, cavalo, galinha e porcos. Trabalhava muito em minha infância, todo dia acordava cedo para dar alimento aos animais, logo em seguida limpava a casa e ia para a roça, essa era minha rotina. Nunca gostei de trabalhar tanto, precisava desfiar palha para fazer colchões e isso machucava muito minhas mãos; também não gostava de socar canjica, pois era muito cansativo e assim como as palhas me incomodavam muito, e afetava principalmente minha coluna pois a pesar de pouca idade era obrigada a levar cestos, muito pesados, cheio de milho nas costas.
Todos os dias, eu e meus irmãos tínhamos de fazer reza de dormir e logo quando acordávamos. De noite era difícil fazer a oração porque não tinha energia elétrica em nossa casa e dormíamos no chão, era difícil nos ajoelharmos no chão batido, pois machucava muito nossos joelhos, e se nós fossemos orar deitados nossos pais nos castigavam, nos batendo com soiteira, o que nos deixava marcas físicas e psicológicas.
Sinto muita falta da minha infância, ainda lembro das brincadeiras, de eu e meu irmão nos balançando nos cipós, brincando com boizinhos de sabugo e bonecas de pano feitas em casa. Na minha infância, além das brincadeiras, eu gostava muito de fazer biscoito e comê-los com mel perto do riacho, onde também gostava muito de nadar; além disso gostava muito de ir ao riacho para ficar sozinha escutando as águas puras caírem nas rochas, e ali que eu me desabafava comigo mesma.
Lembro, também que quando minha mãe tirava leite da nossa vaca leiteira, eu sentava, ao seu lado, em um banquinho que ainda tenho, e esperava até ela me dar um pouco em uma canequinha que eu sempre carregava-a comigo para todo lado.
Como nós não tínhamos geladeira, ao amanhecer, após a oração e o serviço de casa matinal, nós íamos ao riacho com as águas limpas pegar um pouco de água e conservá-la em um porongo, pois assim quando chegasse a tarde, a água estava gelada. Depois de algumas horas de brincadeira e fanfarras nós íamos beber essa água, cada um com seu porongo.
Nunca passei fome, mas sempre trabalhei duro para o prato de comida do dia a dia. Para isso sempre tivemos que colher, plantar, roçar e capinar para logo mais á noite ter algo para comer como feijão, canjica, farrinha torrada e cuscuz com leite, canjica de trigo, batata doce e coalhada de leite com farinha de mandioca.
Aos meus 17 anos me casei e logo tive minha primeira e única filha, mas essa não foi uma experiência duradoura, já que aos meus 18 anos me separei; aos meus 20 anos me casei novamente e convivi 07 anos com meu ex-marido que, infelizmente, faleceu, fato que mexeu muito comigo tanto que só fui me casar novamente aos 29 anos com meu atua marido que me ajuda muito. Hoje tenho criações, como antigamente tenho uma roça bem espaçosa de onde vem alimento do dia a dia. Sou uma pessoa feliz, mesmo seguindo a mesma rotina da minha infância.
Uma Aluna dos Sonhos
Aluna: Angelita de Amarante
Professora: Fernanda Balestrerri Fiorini
Ela estava ali, esperando chegar o horário de ir para a escola, em parada rodeada de pinheiros, a frente havia uma igreja. Para algumas pessoas, escola é algo desagradável , para Ana nem tanto estudava lá há 3 anos, onde ela encontrava seus amigos e inimigos também, mas ela acha que os seus sonhos e planos de vida valem e esforço.
Finalmente, o ônibus chega e lá foi Ana, nem um pouco empolgada, era dia de prova, ela era inteligente, mas sua inteligência não era o suficiente, quando não se tinha estudado nem um pouquinho.
Quando chego na escola logo foi falar com sua amiga:
– Estudou para a prova?- Perguntou ela
– Que prova?- respondeu perguntando sua amiga
-A de geografia. – Ana falou relembrando a amiga
-Ah sim, minha mãe me fez estudar.- Respondeu sua amiga
O sinal bateu e lá foram elas, já na sala a professora passou a prova e não ter ideia de nenhuma resposta era algo assustador para Ana.
Ela pediu para ir ao banheiro, descendo as escadas resvalou e caiu, levantou-se como se nada tivesse acontecido e foi ao banheiro, chegando lá o piso estava molhado e caiu novamente, voltando a sala terminou sua prova a professora já foi recolhendo e já foi corrigindo.
Logo falou sua nota:
– Ana Dias 6 pontos – disse a professora
– Como assim 6 professora? – Protestou ela
– Não posso fazer nada, olhe sua colega estudou tirou 100. – Respondeu a professora.
Ana sabia que aquela nota destruiria seus planos, como viagens, ficar a tarde sem internet. Pois seus pais a fariam estudar, ela se perguntava como poderia ter tirado 06 valendo 100,literalmente esse teria sido um dos piores dias, chegando em casa não encontrou ninguém, só havia um bilhete escrito que seus pais tinham se mudado e a deixá-do sozinha, tudo culpa de sua nota. Ana ficou desesperada e desabou no choro. De repente o despertador tocou.
Ainda era de manhã, Ana acordou assustada e tudo não tinha passado de um sonho, para sua sorte, pois a prova e a nota não passava de um grande pesadelo.